top of page

"Cidade de Lisboa" - Lenda Obras de Santa Engrácia

Já todos ouvimos falar da Lenda/Obras de Santa Engrácia, certo???

Quando uma determinada obra nunca mais acaba, dizemos...“bolas...parece as obras de Santa Engrácia”.


A culpa é do Simão Pires...acreditem, a culpa é dele mesmo. Engraçou com uma miúda de nome Violante (mas que raio de nome??).

O pai, pelos vistos um daqueles fidalgos cheios de pinta, não gostou do namoro dos dois e como tal e era típico na época, mandou a filha para o convento, neste caso o de Santa Clara como noviça.

“Pai porreiro não??”


A verdade é que apesar de tanta miúda gira no Bairro Alto, o Simão sismou com a noviça Violante e cavalgava todos os dias até ao convento para estar com ela.


Durante muito tempo assim foi a vida do Simão e da Violante e do coitado do cavalo que já devia conhecer de cor o trajecto.


Um dia o Simão farto de cavalgar ou de falar com a Violante à distância, pediu-lhe para fugir, dando-lhe um 1 dia para decidir. No dia seguinte (mas que ganda galo), Simão foi acordado pelos homens do rei que o vinham prender acusando-o do roubo das relíquias da Igreja de Santa Engrácia que ficava perto do convento.


O homem completamente apaixonado pela freira, não a quis prejudicar, jurou estar inocente, mas apesar disso e não querendo divulgar porque ia todos os dias aquele sitio, foi preso e condenado à morte na fogueira cujo “evento” se realizaria junto da nova Igreja de Santa Engrácia, que se encontrava em obras.


Pois é, o Simão foi à vidinha, não teve hipótese de defesa e quando as labaredas envolveram o seu corpo, este gritou que era tão certo morrer inocente como as obras nunca mais acabarem.


Os anos passaram e a freira Violante foi um dia chamada a assistir aos últimos momentos de um ladrão que tinha pedido a sua presença. Revelou-lhe que tinha sido ele o ladrão das relíquias e sabendo da relação secreta dos jovens, tinha incriminado Simão.


Pedia-lhe agora o perdão que Violante como grande devota na altura lhe concedeu.


Entretanto, um facto estranho ou não a tudo isto acontecia:


As obras da igreja iniciadas à época da execução de Simão pareciam nunca mais ter fim. De tal forma que o povo se habitou a comparar tudo aquilo que não mais acaba às obras de Santa Engrácia.

A Igreja de Santa Engrácia é hoje o Panteão Nacional em Lisboa.

Estávamos na altura em 1568 e a construção da igreja foi iniciada no local de um antigo templo do séc. XII, por ordem de Dª Maria de Portugal, filha de D. Manuel I para receber o relicário de Santa Engrácia.


Na verdade só foi concluída nos anos 60, ou seja, 400 anos mais tarde, por ordem de Salazar não já como Igreja, mas como Panteão Nacional, onde repousam algumas das figuras notáveis da História de Portugal, como Almeida Garrett, Guerra Junqueiro, Sidónio Pais, Humberto Delgado, Luís Vaz de Camões, Amália Rodrigues e Eusébio e “venha lá o próximo...


* Por isso, quando acharem que alguma obra hoje em dia demora demasiado tempo a ser construída, acreditem, a culpa é apenas e só do Simão Pires...


PRÓXIMOS EVENTOS: 

Tem alguma Festa / Evento

que pretende divulgar?

Contacte-nos...

 PROCURAR POR TAGS:
Nenhum tag.
 PESQUISA:
APOIOS:
bottom of page