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"Cidade de Fátima"

A cidade de Fátima, que já tentou ser Concelho algumas vezes mas nunca conseguiu (vá-se lá saber porquê).

Eu fui criado desde os 3 aos 12 anos num colégio de freiras...era palmatorias a tordo e a direito (merecidas claro) e todos ou praticamente todos os dias tínhamos uma missa de alguns minutos logo de manhã...ganda seca...e logo de seguida mais umas quantas palmatorias (eu era um gajo bem comportado :) levava no colégio e se me queixa-se em casa, levava a dobrar, por isso mais valia estar calado).


O que não esqueço do colégio eram os gelados (daqueles de máquina) à hora do lanche e os "carecas" (era o que lhes chamávamos, que não eram mais que os "estaladinhos" ou pão de Deus...pelo menos aqui no Porto é assim que se chamam - aqueles bolos cheios de coco e açúcar em cima. Acho estranho que não se chamassem Pão de de Deus num Colégio de freiras em vez de carecas mas adiante.


Voltando a Fátima e depois do que eu disse e vim percebendo ao longo do tempo (e desde já peço desculpa aos crentes), parece que três pastorinhos viram uma luz numa árvore (tudo isto deve ser uma grande treta e muita gente da igreja ganha dinheiro há muitos anos com estas histórias)...um aparte...o vinho da missa é bom, mesmo bom porque já provei :) )...continuemos...


Apesar desta minha opinião, que vale o que vale, em Fátima temos aquele espaço do santuário, que até eu sinto algo...o quê não sei...mas pelo menos uma grande paz.


Na altura da suposta aparição, em 1917, aquela localidade tinha poucos milhares de habitantes.


Nome de Fátima porquê????


Parece que segundo uma etimologia confirmada, independentemente da antiga tradição (portanto, muito anterior às aparições), segundo a qual no século XII, quando ainda a região era disputada entre cristãos e muçulmanos, uma nobre miúda e pelos vistos jeitosa sarracena, filha do governador do castelo de Alcácer do Sal, e chamada Fátima em honra da filha do profeta Maomé, foi envolvida em um confronto entre ambos os grupos.


Um célebre paladino da Reconquista, Dom Gonçalo Hermingués, gostou da tal miúda jeitosa e por ela se enamorou acabando por casar, depois de ela se converter e se baptizar. Tão belo amor havido entre os dois foi logo interrompido pela morte prematura da jovem (azar do carago para a miúda claro).


O tal Dom Gonçalo, inconsolável em sua dor, abandonou as armas e fez-se monge na abadia cisterciense de Alcobaça, até hoje meta dos turistas (mas deve ser pelos fantásticos doces conventuais), onde conseguiu sepultar os restos mortais da esposa tão amada. Depois de poucos anos a abadia fundou um mosteiro a poucos quilómetros do local e para lá enviou Dom Gonçalo como seu superior.


Mais uma vez foi concedido ao ex-líder guerreiro que não se separasse dos restos de Fátima, que foram depositados na nova igreja da localidade, até então um local ermo, e que agora recebeu o nome daquela que, nascida muçulmana, havia se tornado uma exemplar esposa cristã. O mosteiro, depois de muito tempo, desapareceu, mas até hoje está de pé a pequena igreja, dedicada a Nossa Senhora, onde teria sido enterrado o corpo de Fátima.


Se esta história é verídica não tenho 100% de certeza, mas que aquele local é único é sem qualquer dúvida, para crentes e não crentes.


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